DRAMA INFANTIL ABRIU MOSTRA OFICIAL DA BERLINALE
     
 

Publicada em 08.02.14

Myrna Silveira Brandão

O Festival de Berlim deu início ontem à sua mostra competitiva com Jack, estreia na direção para cinema de Edward Berger.

A história segue o personagem título, um menino de 10 anos para quem a  família é a coisa mais importante do mundo. Sua mãe solteira trabalha durante o dia e muitas vezes sai à  noite e não há nenhum pai à vista. Um dia Manuel, seu irmão mais novo de 6 anos, se queima com água fervendo enquanto tomava banho e Jack leva a culpa pelo acidente.
 
Essa é uma razão suficiente para que os serviços sociais o coloquem  num reformatório onde ele fica assustadoramente sozinho e com saudades da família. Ameaçado de bullying,  ele foge e volta para casa, onde descobre que sua mãe desapareceu. 
 
Junto com Manuel, Jack embarca numa jornada para encontrá-la. Dormem em parques e em estacionamentos subterrâneos de carros, fogem da polícia, encontram adultos que ajudam e outros que ficam indiferentes.
 
O filme – que remete à obra dos irmãos Dardennes – é ao mesmo tempo lacônico, sensível e poético,  sobre a jornada de um garoto que aprende numa idade muito cedo a ter responsabilidade..
 
Ao lado da história de Jack, o filme pinta uma imagem panorâmica dos boulevards de Berlim e seus supermercados, seus night clubes, bares e parques. Mas também assustadoras periferias longe do centro do centro da grande cidade.
 
O filme foi recebido com reservas, não é de todo ruim, mas não é um candidato forte para os prêmios do festival.
 

     
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