A BELA E A FERA NA BERLINALE
     
 

PUBLICADA EM 14.02.14

Carlos Augusto Brandão

A Bela e a Fera, de Christophe Gans (O Pacto dos Lobos), teve uma sessão concorrida ontem na mostra oficial fora de concurso, da 64ª edição do Festival de Berlim.

O filme é a adaptação realista de Gans  para o clássico conto de fadas,  que já teve muitas versões para o cinema inclusive a animação da Disney e a de Jean Cocteau em 1946,  uma das mais famosas.
 
A história, ambientada em 1810, segue um comerciante arruinado, que após perder sua fortuna no mar, é forçado a se retirar do país com seus seis filhos. Entre eles está Belle, (Léa Seydoux),  sua filha mais nova, que é cheia de graça e alegria.
 
Numa jornada árdua, o comerciante descobre the magical realm da fera (Vincent Cassel),  que sentencia sua morte.
 
Belle, diante do terrível infortúnio de sua família, decide sacrificar sua vida no lugar da de seu pai. No entanto, não é a morte que espera Belle no castelo da fera, mas uma vida singular de magia, alegria e melancolia.
 
Todas as noites, ela vai jantar com a fera. Eles gradualmente começam a se conhecer e a confiar um no outro, como dois estrangeiros que tudo conspira para se manterem afastados.
 
Uma noite fragmentos do passado da fera passam em seus sonhos. Da trágica história, ela aprende que essa selvagem e solitária criatura foi uma vez um lindo príncipe. Armada com sua coragem e seu coração aberto, Belle triunfa sobre o perigo.  Consegue tirar a Fera do caminho do demônio e descobre o verdadeiro amor.
 
Na coletiva após a projeção, Gains falou de sua adaptação para o filme, da versão de Cocteau e da escolha dos atores.
 
Por que resolver fazer uma nova versão para A Bela e a Fera?
 
Eu estava realizando dois projetos que estavam meio encruados por diferentes razões.  Nas pesquisas para tentar resolver questões relacionadas a eles, acabei batendo com A Bela e a Fera, que sempre pensei em filmar.
 
Foi difícil incorporar o legado de Cocteau?
 
Eu não estava procurando fazer um remake da versão de Cocteau. Há filmes que são impensáveis em fazer uma refilmagem como é o caso, por exemplo,  de Children of Paradise, que é um trabalho pronto, acabado e completado. Ao contrário, a Bela e a Fera tem espaços em branco, áreas que deliberadamente Cocteau deixou de fora. Ele deixou muitas portas abertas e eu fui através delas para realizar minha versão.
 
Quando decidiu fazer o filme, já tinha os atores em mente?
 
Quando eu estava escrevendo o roteiro com Sandra Vo-Anh, não imaginávamos mais ninguém do que Vincent Cassel e Léa Seydoux nos papéis principais. Foram as nossas primeiras e únicas escolhas. Agradeço a Deus por eles terem concordado e terem agenda disponível para fazer o filme. 
 

     
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