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PUBLICADA EM 23.09.14
Carlos Augusto Brandão
Eden, de Mia Hansen-Love (França), foi o destaque ontem da 52a edição do Festival de Nova York, que vai até o dia 12.10.
Quarto longa-metragem da jovem diretora – que foi assistente de Olivier Assayas – é um acontecimento raro. Um trabalho em escala épica construído de forma puramente efêmera flutuando ao longo de correntes de sentimentos.
Com 131 minutos totalmente aproveitados, Eden é baseado nas experiências de Sven, irmão da diretora e também roteirista, que foi um dos DJs pioneiros da cena de raves franceses no início dos anos 90.
Paul (Félix de Givry) e seus amigos incluindo Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter (conhecido como Daft Punk) tem visões de êxtases com a música de garage.
Na medida em que seus raves ficam mais e mais populares, eles experimentam uma democracia de pura felicidade se estendendo até o infinito e desmaterializando o contato dos tempos mutantes e as demandas do cotidiano.
O filme da diretora brinca com a mente dos espectadores com um rodamoinho de corpos e rostos bonitos, movimentos impulsivos, cachoeiras de luz e cor (ela trabalhou com o grande fotógrafo Denis Lenoir) e música, música e mais música.
Eden é um filme que mexe com a batida da juventude sempre com um pensamento ou uma emoção à frente de si própria.
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