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PUBLICADA EM 06.10.14
Myrna Silveira Brandão
Quando Lonnie Franklin Jr. foi preso em Los Angeles em 2010, como suspeito do assassinato de uma série de jovens mulheres negras, a polícia comemorou a prisão como a culminância de 20 anos de investigações.
Quatro anos depois, o documentarista britânico Nick Broomfield pegou sua câmera e foi à vizinhança onde morava o alegado assassino, dando outra visão para o episódio.
No início, os companheiros de Franklin ficaram do lado dele: ele era um bom sujeito e certamente não era assassino. Mas logo os amigos e vizinhos começaram a oferecer testemunhos assustadores, como fizeram os ativistas locais que questionaram porque razão levou tanto tempo para as autoridades prestarem atenção ao fato.
Ajudado por Pam, uma ex prostituta e viciada em drogas que conhece os segredos das ruas e das pessoas que passam por elas, o diretor revela a viagem de um serial killer, dá voz às suas vítimas e localiza o divisor racial que ainda existe entre a polícia e os afro-americanos em Los Angeles.
Embora com um viés de denúncia e debate, o filme não é sensacionalista, como pode ser visto nas sensíveis entrevistas do diretor com os pais das vítimas e ativistas comunitários.
Após passar por Telluride e Toronto, o documentário está sendo mostrado na programação da 52ª edição do Festival de Nova York na mostra principal do evento, que vai até o dia 12.10.
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