FORUM EXPANDED CHEGA À 10ª EDIÇÃO
     
 

PUBLICADA EM 18.12.14

Myrna Silveira Brandão

O Festival de Berlim divulgou a programação da Forum Expanded, que está comemorando dez anos e voltará a acontecer na Akademie der Künste.

Restabelecendo a conexão histórica entre a Berlinale e sua locação inicial, a  Akademie foi uma das principais vias de exibição do Fórum até 1999 e voltará a projetar sessões de filmes na programação de 2015.
 
Durante 10 anos o Forum Expanded tem se dedicado ao relacionamento entre cinema e outras artes, procurando dar resposta a importantes questões relacionadas com a sociedade e a estética, bem como apresentando novas perspectivas artísticas de filmes.  A Mostra busca olhar o presente e o futuro da sua prática curatorial e artística.
 
Nesta edição, o tema da Forum Expanded 2015 será:  “To the Sound of the Closing Door”. O título evidencia que “quando a porta fecha”, não significa necessariamente que a possibilidade termina.  
 
Os trabalhos selecionados desafiam esse sentido de finalidade ao traçar o eco de uma porta sendo fechada. Eles buscam os pontos nos quais projetos e utopias são capazes de surgir e a forma na qual as rupturas históricas e as revoluções geram visões e expectativas para o futuro.
 
No entanto, as narrativas e os movimentos criados pelo fechamento, abertura e o caminhar através de portas metafóricas também implicam na possibilidade de exclusão e fracasso de novos projetos. Mas como uma pessoa pode medir o sucesso ou a falta dele de alguma maneira?
 
Procurando responder à pergunta, os 17 trabalhos em exibição do grupo criam mundos paralelos, contra narrativas e diversidades. 
 
A instalação do vídeo Wendelien van Oldenborgh – Beleza e o Direito ao Feio, por exemplo,  examina um projeto de construção utópico na Holanda: um centro comunitário originalmente projetado para ambientes interiores e sem portas. 
 
No The Nameless, de Ho Tzu Nyen mostra um campo cheio de ambiguidades sobre um agente tríplice no sudeste da Ásia enquanto Constanze Ruhm e Emilien Awada seguem a trilha dos fantasmas e histórias que habitam os ambientes antigos de um estúdio francês de cinema.
 
Os programas cinematográficos também discutem a relação entre a história escrita e aquela ainda por escrever. 
 
Calamity Qui? de Isabelle Prim traz a heroína ocidental Calamity Jane de volta à vida em referências históricas e um caleidoscópio cinemático.
 
No filme  Have you Ever Killed a Bear ou Se Transformando em Jamila, de Marwa Arsanio, é expresso o olhar profundo de um lutador da resistência argeliana. 
 
Lec Long , de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata percorre a história de uma fábrica de fogos de artifício  em Macau.
 
Todos esses filmes entendem o passado, o presente e o futuro como um campo de possibilidades cujo potencial deve ser explorado em termos cinematográficos.

O Festival acontecerá de 05 a 15 de fevereiro.

     
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