BERLINALE HOMENAGEARÁ FRANCESCO ROSI
     
 

PUBLICADA EM 13.01.15

Carlos Augusto Brandão

A 65ª edição do Festival de Berlim prestará um tributo ao cineasta Francesco Rosi com uma sessão especial do seu filme contra a guerra A Vontade de um General (Uomini Contro).

O diretor italiano morreu no último dia 10 de janeiro  em Roma aos 92 anos. Nas últimas semanas estava de repouso por causa de uma bronquite e morreu em casa dormindo.
 
A Vontade de um General  se passa no  front ítalo / austríaco durante a Primeira Guerra, quando um ataque desastroso  contra posições austríacas causa um motim das tropas italianas dizimadas.
 
Rosi era um dos  mais aclamados diretores da cinematografia italiana e universal, um dos pioneiros do neorrealismo, tendo  focado sua obra nos problemas sociais, políticos  e filmes ligados ao crime organizado e à máfia.
 
Nascido em Nápoles em 15 de novembro de 1922, começou a estudar Direito, mas aos 22 anos  abandonou a universidade,  foi para Roma e começou a trabalhar no teatro. 
 
Logo se interessou pelo cinema, inicialmente como  assistente de cineastas como Michelangelo Antonioni no filme Os Vencidos (I Vinti,1953) e Lucchino Visconti em A Terra Treme – Episódio do Mar (La Terra Trema,1948).
 
Estreou como diretor em 1958 com A Provocação (La Sfida)  com o qual ganhou o prêmio de melhor estreia em Veneza.  Cinco anos depois ganhou o Leão de Ouro com As Mãos sobre a Cidade (Le Mani Sulla Cittá,1963)).
 
Seguiu-se O Bandido Giuliano (Salvatore Giuliano ,1961), que narra  a vida do célebre bandido siciliano.  O Caso Mattei (Il Caso Mattei, 1972), sobre o presidente da companhia petrolífera ENI e considerado sua obra prima, ganhou a Palma de Ouro em Cannes. 
 
Outros títulos da filmografia de Rosi foram Lucky Luciano (idem, 1973) e Três Irmãos (Tre Fratelli, 1981). Seus últimos filmes foram A Trégua (La Tregua, 1996) e um dos episódios de 12 Registi per 12 Cittá -  Napoli, 1998.
 

     
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