BRANAGH APRESENTA CINDERELA NA BERLINALE
     
 

Publicada em 13.02.15

Carlos Augusto Brandão

Ontem foi o dia de Kenneth Branagh na Berlinale. Cinderela, seu aguardado filme foi muito aplaudido na prévia lotadíssima para a imprensa.

O filme, que está na mostra oficial fora de competição, tem todos os elementos clássicos – o sapatinho de cristal, a abóbora que se transforma em carruagem, a fada madrinha, a madrasta má e o príncipe encantado – mas a Cinderela de Branagh traz frescor ao clássico conto de fadas de Charles Perrault, eternizado na animação da Disney de 1950.
 
Na versão com atores, a protagonista se chama Ella (Lily James) e é uma garota forte, irreverente, generosa e rebelde.
 
Com a morte trágica da  mãe, seu pai se casa novamente e, para dar apoio a ele, Ella recebe sua madrasta, Lady Tremaine e suas duas irmãs, Anastasia e Drisella na casa da família.
 
Mas s nova família se mostra ciumenta e cruel. Relegada a nada mais do que uma serva, passa a ser chamada de Cinderela por trabalhar nas cinzas.  Apesar da crueldade a que é submetida, Ella é determinada, corajosa e não está disposta a ceder ao desespero. 
 
Um dia conhece um jovem na floresta que diz ser apenas um funcionário do palácio, mas na verdade é um príncipe.
 
Confira os principais trechos da coletiva após a projeção – da qual participou o Mccinema  – quando Branagh falou sobre o filme e como construiu sua personagem.
 
Sobre a diferença da Cinderela dos Estúdios Disney para a versão realizada agora.  
 
“Nossa Cinderela é romântica e poética, mas é inquestionavelmente forte. Tem um coração generoso, vê os outros com compaixão e se rebela de uma forma própria, é uma resistência não violenta. Ela gosta de si mesma e, principalmente das outras pessoas”. 
 
Sobre os elementos  que a personagem precisou incorporar para isso. 
 
“Ela é uma pessoa que vê as perdas, dificuldades, crueldade e ignorância como coisas que acontecem, mas não crê na vida como é de fato, mas como poderia ser se as pessoas acreditassem  na bondade, na superação e, às vezes, em um pouco de magia”.
 
Sobre o que foi mantido e o que achou necessário mudar para que o filme falasse com o público contemporâneo.
 
“Queríamos mostrar uma versão verossímil da maldade da madrasta. Para isso, tivemos uma atriz magnífica que é a Cate Blanchett, que expressou brilhantemente uma figura enérgica e, ao mesmo tempo,  um ser humano complicado, que não atrai simpatia, mas que é preciso entender o que ela pensa e porque age assim.  Outra coisa diferente da animação, é que Cinderela e o príncipe se encontram antes do baile, mas nenhum dos dois sabe quem é o outro. Foi uma conexão real e diferente”.
 
Sobre a receptividade que espera dos espectadores.  
 
“Acho que vamos surpreender as pessoas pela qualidade emocional. É um filme tocante, humano e tem muita compaixão. Acredito que o toque contemporâneo e a qualidade emocional são a base para esta versão clássica e para o mundo suntuoso que criamos.  Lançando mão de todos os grandes momentos – o baile, as músicas, a transformação – com sorte conseguiremos passar isso para o público”.

     
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