A TRAVESSIA TEM PREMIÈRE MUNDIAL NO NYFF
     
 

PUBLICADA EM 26.09.15

Carlos Augusto Brandão

“A Travessia”, de Robert Zemeckis, abre hoje (26.09) para o público a 53ª edição do Festival de Nova York.

A tradicional abertura numa sexta feira foi transferida para o sábado. Conforme divulgado pela organização do evento, a decisão foi tomada por razões de segurança e logística, devido à presença do Papa Francisco na cidade.
 
O diretor americano  retorna ao festival, onde em 2012  teve o destaque de ter o seu “O Voo”, como o filme de encerramento. 
 
“A Travessia” é o segundo filme em 3D selecionado para a Noite de Gala de Abertura, desde “As Aventuras de Pi”, de Ang Lee em 2012.
 
Mostrado numa concorrida prévia para a imprensa poucas horas antes da estreia, o aguardado novo trabalho de Zemeckis  – protagonizado por Joseph Gordon-Levitt – foi recebido com aplausos da plateia de jornalistas presente à sessão. 
 
Baseado nas memórias de Philippe Petit, no livro “To Reach the Clouds”, o filme é a história real do equilibrista, que atravessou o espaço entre as Torres Gêmeas andando  num cabo de aço.   A ação ocorreu, de forma ilegal, em 1974 e ganhou destaque no mundo todo.
 
A aventura de Petit já tinha sido levada ao cinema no documentário O Equilibrista, de James Marsh, vencedor do Oscar de 2009.
 
A Travessia tem previsão de estreia no Brasil em 08 de outubro, mas antes será mostrado no Festival do Rio (01 a 14.10). 
 
Ao apresentar o filme, Kent Jones, diretor do NYFF disse que “A Travessia” é surpreendente em muitos aspectos.
 
“E é sobre um fato raro e incrível ocorrido em Manhattan nos anos 70”, declarou Jones, acrescentando que o filme deixa os espectadores eletrizados na cadeira.
 
Leia as declarações  de Zemeckis e Gordon-Levitt, na coletiva após a projeção.
 
Sobre  a seleção para abrir o Festival de Nova York
 
“Estou extremamente honrado e agradecido que o filme tenha sido selecionado para abrir a 53ª edição do  NYFF.  The Walk é uma história nova-iorquina, portanto eu estou feliz de apresentá-lo primeiramente aqui em Nova York. Minha expectativa é que as audiências do festival mergulhem no espetáculo, mas também sejam capturadas pela celebração do artista que ajudou a dar alma às maravilhosas torres”.
 
Sobre sua motivação para fazer o filme
 
Tudo começou quando eu li o livro sobre essa travessia. Eu quase não podia acreditar numa história tão fantástica. Penso que a arte pode ser  subversiva, anarquista, apresentar um outro ângulo ou, de certa forma,  alguma poesia”.  
 
Gordon-Levitt sobre sua preparação para viver Petit.
 
“Eu comecei  a treinar numa corda esticada a poucos centímetros do chão, distância que foi sendo aumentada até quatro metros do solo, na medida em que fui me sentindo mais confiante. Mas mesmo assim, precisei de um bom tempo para ficar mais relaxado. Quando estava em cima da corda, eu tentava me convencer que nada iria acontecer porque eu estava preso por um cabo de segurança e numa altura muito menor do que a de Philippe nas Torres Gêmeas, mas mesmo assim senti muito medo durante a produção do filme”.
 
Gordon-Levitt sobre a importância da consultoria de Petit
 
 “Não há registros em filme sobre uma façanha como essa, assim Philippe  era a melhor pessoa para nos ajudar.  Ele me disse que também sentia medo, mas não deixava que isso o dominasse já que era parte de sua motivação.  E procurou explicar cada detalhe técnico, exatamente como ocorreu na ocasião e, enquanto me instruía,  conversava sobre arte, beleza, vida, morte, ele é uma pessoa fascinante e foi muito generoso”.
 
 
Tom Rothman, diretor da Sony Pictures sobre o filme
 
“O filme é uma carta de amor às Torres Gêmeas e que, através da mágica única do cinema, voltam vibrantes e inspiradoras à vida.  Filmado por um dos maiores cineastas da atualidade, The Walk é também uma história universal, de uma determinada busca de sonhos impossíveis. Sem deixar de lembrar que o NYFF sempre foi o lugar onde esses sonhos se tornam realidade”. 
 

     
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