NOVO FILME DE SPIELBERG TEM PREMIERE MUNDIAL NO NYFF
     
 

PUBLICADA EM 04.10.15

Carlos Augusto Brandão

A première mundial de “Ponte dos Espiões”, de Steven Spielberg no Festival de Nova York esteve lotadíssima hoje na prévia para a imprensa poucas horas antes da sessão de gala para o público

O diretor americano não lançava um filme desde 2012.  O último tinha sido “Lincoln”, mostrado aqui naquele ano também com casa cheia.
 
“Ponte dos Espiões”, além  de ser um esperado novo trabalho  do cultuado diretor, traz  também Tom Hanks, que estrela o filme e é sempre uma atração no NYFF.
 
“Ponte dos Espiões” é baseado em fatos reais e  se passa durante o período da Guerra Fria. Hanks interpreta  James Donovan, advogado que foi enviado pela CIA para negociar uma troca de prisioneiros com a União Soviética: um espião comunista detido nos EUA por um piloto americano abatido e capturado na União Soviética. 
 
Mas antes iria ser preciso convencer a Justiça americana da legitimidade da troca.  Além de focar no drama de tribunal, o filme é um thriller engenhoso, mostrando  toda a tensão que envolve a participação do advogado na missão, desde o perigo enfrentado em uma viagem à Berlim Oriental até ameaças à sua família. 
 
Os irmãos Ethan e Joel Coen, em conjunto com Matt Chaman, assinam o excelente roteiro que expressa com veracidade o suspense dramático ambientado nos anos da Guerra Fria. 
 
A trilha sonora é de Thomas Newman, 12 vezes indicado ao Oscar.  Será a primeira vez em 30 anos que o lendário John Williams não ficará responsável pela trilha musical de um filme de Spielberg.  O veterano compositor, de 83 anos, não pôde participar por problemas de saúde, mas retomará a parceria com Spielberg na adaptação para o cinema do livro The BFG, de Roald Dahl.
 
Em “Ponte dos Espiões” Spielberg volta a trabalhar com Hanks, que já esteve em três dos seus  filmes – “O Resgate do Soldado Ryan” (1998), “Prenda-me Se For Capaz” (2002) e “O Terminal” (2004).
 
Leis os principais trechos das declarações de Spielberg.
 
Sobre a atuação de Tom Hanks
 
“A história de Donovan é sobre um indivíduo de princípios, um cara honesto, enfim, um papel sob medida, para Tom Hanks.  Cada colaboração com ele é melhor que a anterior, nos divertimos muito juntos”.
 
Sobre seu envolvimento com a trama
 
“Eu vivenciei a guerra fria e foi algo que me impressionou muito quando criança. O filme traz uma história que eu conheço  bem e faz parte de minhas lembranças. Tinha plena consciência da insegurança naquele tempo, principalmente para os jovens. Filmes  nos diziam o que fazer, em caso de um ataque aéreo”.
 
Sobre a relação que vê entre essa época e os dias de hoje.
 
“Há muitos pontos semelhantes entre o fim dos anos 1950 e agora.  Hoje, usamos drones (aparelhos para realizar tarefas arriscadas ao ser humano e comum entre aparatos militares),  enquanto naquela época, eles usavam aviões espiões U2”.
 
Sobre a decisão de fazer um filme sobre espiões
 
“Era uma ideia antiga. Sempre me fascinou o valor de entretenimento da série de filmes de espiões de James Bond, assim como os romances sobre o tema”.
 
Sobre não ter sido possível ter John Williams no projeto
 
“Newman fez um excelente trabalho e John voltará no meu novo filme. Somente duas vezes não trabalhamos juntos em 42 anos.  A primeira foi em “A Cor Púrpura em 1985”, que teve música de Quincy Jones, e a segunda agora. Ambos ficamos tristes com isso, mas nos emociona voltar a trabalharmos juntos em The BFG”. 
 
Spielberg, que já tinha realizado “Munique” em 2005, uma incursão bem sucedida envolvendo espionagem e terrorismo, retorna ao tema em mais um grande filme de sua carreira.  
 

     
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