PUBLICADA EM 07.10.15

Carlos Augusto Brandão

“Brooklyn”, um filme modesto que o diretor John Crowley realizou, aparentemente sem grandes pretensões, já está sendo comentado como um possível candidato ao Oscar.

Lançado no Sundance e já tendo passado por Toronto e Chicago, ele foi selecionado para a 53ª edição do Festival de Nova York.
 
Baseado no livro de Colm Tóibín e roteirizado por Nick Hornby, a história parte inicialmente de um tema simples. Nos anos 1950, um período difícil para muitos estrangeiros que buscavam viver o sonho americano, Eilis (Saoirse Ronan), uma jovem irlandesa, deixa a casa de sua família e embarca num navio para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor.
 
Vai viver no Brooklyn, procura estudar, suporta a solidão do exílio e encontra consolo num jovem italiano (Emory Cohen), que ela conheceu durante as danças nas confraternizações da comunidade irlandesa.
 
Más notícias vindas de casa, no entanto,  fazem com ela volte para sua cidade, encontre um bom emprego e outro pretendente (Domhnall Gleeson), desta vez membro de uma próspera família.
 
Logo, eles estão envolvidos emocionalmente, mas enquanto o relacionamento evolui, o passado de Eilis começa a deixá-la confusa sobre qual país ela realmente pertence e com quem. 
 
Crowley e Hornby não apenas fizeram uma ótima adaptação do livro de Tóibín, mas também realizaram um belo filme, reproduzindo fielmente o clima emocional dos personagens, bem como a atmosfera da Irlanda e dos Estados Unidos que prevalecia na metade do século XX.