UM VETERANO ENTRE OS INDIES
     
 

PUBLICADA EM 25.01.16

Carlos Augusto Brandão

Os filmes do cineasta alemão Werner Herzog são sempre aguardados com expectativa no Festival de Sundance.

Isso acontece desde a ótima receptividade ao dramático “O Homem Urso”, lançado na edição 2005 do evento.
 
Nesta 32ª edição, Herzog está de volta com “Lo and Behold Reveries of the Connected “World, selecionado para a prestigiada mostra Première de documentários.
 
O filme traz um ponto importante para reflexão: a sociedade depende da Internet para quase tudo, mas raramente paramos para recuar e reconhecer seus intermináveis meandros e inquietante onipotência.
 
A mente brilhante de Herzog faz um exame em tom brincalhão ainda que arrepiante de nossas vidas online e as rápidas conexões que a Internet propicia.
 
Herzog documenta um tesouro de entrevistas de estranhos e sedutores indivíduos que vai de pioneiros da Internet às vítimas dessa “radiação sem fio”, cujas anedotas e reflexões tecem um retrato complexo do nosso admirável mundo novo.
 
Herzog descreve a Internet como “uma das maiores revoluções que nós, como seres humanos estamos experimentando” e tempera esse entusiasmo com histórias de horror de vítimas de assédio online e vício na Internet.
 
Por toda sua análise detalhada, o documentário também foca questões profundas e intangíveis em relação ao futuro da Internet. Será um sonho?, o que os humanos fazem de sua própria existência? Poderá descobrir os fundamentos da moralidade ou talvez um dia entender o significado do amor?  Ou vai em breve nos causar – se é que já não causou – mais prejuízos do que coisas boas?
 
Lo and Behold Reveries of the Connected World, que foi lançado dia 23 no The Marc e ontem no Temple Theater – espaço destinado ao formato – terá cinco sessões em Park City. 
 

     
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