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PUBLICADA EM 29.01.16
Myrna Silveira Brandão
The Goat, de Andrew Neel, é um dos destaques da mostra competitiva dramática na 32ª edição do Festival de Sundance.
Mostrado no Eccles, o cinema mais suntuoso de Park City, o filme – que era aguardado com expectativa – segue Nick Jonas, membro de uma fraternidade estudantil que presencia um trote brutal na faculdade onde estuda.
Recuperando-se por ter sofrido um ataque terrível, o adolescente de 19 anos de idade, está matriculado no mesmo colégio do seu irmão. Jogado toda noite num mundo de bebidas e em contato com desconhecidos, ele procura um escudo protetor para mascarar suas inseguranças. Mas quando o trote aumenta em nome da “irmandade”, sua lealdade ao seu irmão é testada de maneira brutal.
No filme de Neel, fica evidente o foco documental que o diretor dá ao filme. Goat ressoa com lancinante autenticidade mostrando a realidade crua e terrivelmente verdadeira na tela.
O resultado expõe os aspectos brutais e violentos da cultura masculina que se escondem sob a superfície da nossa sociedade, que aparentemente está sob controle.
Todo o elenco se compromete valentemente com os papéis desafiadores, combinado com a direção segura de Neel, que lança uma nova luz na identidade masculina e como ela é formada.
Parte neo realismo, parte de filme de horror, Goat é uma experiência cinematográfica fascinante que é tão importante quanto é brutal.
Neel diz que queria fazer o seu “Senhor das Moscas” (de Harry Hook 1990), cujo livro é sobre a sobrevivência do mais forte.
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