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PUBLICADA EM 19.02.16
Carlos Augusto Brandão
Zero Days, de Alex Gibney foi o destaque ontem da mostra competitiva do Festival de Berlim.
O documentário do premiado diretor com o Oscar por Um Táxi para a Escuridão (2007), tem como tema principal a espionagem online.
É mais um filme desta edição com viés político, desta vez sobre a guerra cibernética dos Estados Unidos e de Israel contra as ambições nucleares do Irã.
O filme é um mergulho na informática, abordando questões relevantes da Internet e a exposição que sofremos com ataques de hackers e vírus.
Gibney diz que o ataque do vírus chamado “ stuxnet” é muito maior do que muita gente imagina.
“É o primeiro ataque conhecido no qual as redes saíram do mundo cibernético para o mundo do físico” afirma.
A história da Stuxnet mostrou a habilidade que um programa de computador pode ter de manipular ou destruir estruturas críticas: plantas de tratamento de água, esquema de eletricidade, sistema de transporte, tudo essencial à vida normal, mostrando um potencial para a guerra cibernética que é tanto aterradora quando cômica.
“E eu acho que é uma coisa que as pessoas ainda não se deram conta dela”, ressalta o diretor.
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