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PUBLICADA EM 21.01.17
Carlos Augusto Brandão
O Festival de Sundance, além da mostra competitiva de dramas americanos, tem outra dedicada aos diretores estrangeiros.
“Pop Aye”, de Kirsten Tan (Singapura /Tailândia), foi o filme de abertura dessa mostra – intitulada Cinema Mundial – nesta 33ª edição, em sessão de gala no cavernoso Egyptian, um dos cinemas mais emblemáticos de Park City.
O filme mostra um encontro casual, quando um arquiteto meio desencantado com a vida encontra, nas ruas de Bangkok, seu elefante (Popeye), há muito tempo perdido.
Emocionado, decide levar seu amigo deslocado de volta à zona rural de Loei, pequena aldeia onde viveram.
Juntos, iniciam então uma viagem pelas estradas da Tailândia, em busca da fazenda onde cresceram juntos.
Através dessa jornada longa e difícil, Thana descobre o verdadeiro significado do feminismo e da discriminação.
No caminho encontram almas perdidas, como um vagabundo de estação de gás que anseia por seu primeiro amor; um solitário cantor de karaokê sofrendo por um amigo; bem como enfrentam uma série de infelizes percalços que dificultam sua jornada.
“Pop Aye” é uma ode humana ao poder que simples atos de bondade podem ter em um mundo de inocência e oportunidades perdidas, pontuado por rajadas de absurdos.
A diretora Kirsten Tan mescla com enorme talento a poesia e o humor na jornada de Popeye e Thana com uma série de imagens cinematográficas indelevelmente belas da grande estrela do filme nesta dramática e lírica viagem
O filme que é a estreia de Tan em longas e foi desenvolvido no Berlinale Talents program, alterna momentos que provocam risos e outros de lágrimas.
“Estou completamente surpresa com a recepção e as reações ao filme”, diz Tan, de 31 anos.
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