UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO
     
 

PUBLICADA EM 26.01.17

Carlos Augusto Brandão

“It’s not Yet Dark”, de Frankie Fenton é um dos destaques desta 33ª edição do Festival de Sundance.

O filme, que foi selecionado para a competitiva Documentário Mundial, teve sua sessão de gala no Yarrow, um dos points de Park City, resort situado nas Montanhas Rochosas de Utah, onde o festival acontece.
 
O longa-metragem conta a impressionante história de um jovem e talentoso cineasta irlandês.  Pouco depois de estrear seu curta-metragem “The Sound of People” na edição 2008 do Sundance, o diretor Simon Fitzmaurice, com apenas 34 anos,  foi  diagnosticado com doença de neurônio motor (ALS) e recebeu a previsão de quatro anos de vida. A ALS (Amyotrophic Lateral Sclerosis) é uma doença neurológica progressiva e invariavelmente fatal que ataca as células nervosas (neurônios) responsáveis por controlar os músculos voluntários.
 
Fitzmaurice e sua esposa estavam esperando seu terceiro filho, e uma promissora carreira para contar histórias estava  a seus pés.  Sobressaltando-se do choque, Fitzmaurice tirou força de seus mais profundos desejos e, em vez de ficar ruminando aquele momento doloroso, percebeu que seu maior desafio à doença seria dirigir seu primeiro longa-metragem.
 
Sete anos depois, apesar da incapacidade física total, Fitzmaurice terminou “My Name is Emily (2015), dirigindo-o  apenas com o uso de seus olhos.
 
Esta jornada emocional de auto realização  e triunfo pessoal sobre a adversidade esmagadora da vida é nada menos que inspiradora. 
 
Tudo isso é capturado com íntimos filmes caseiros, fotografias e uma afetuosa voz-over do seu compatriota Colin Farrell, que narra o filme, nos transportando para o mundo criativo de Fitzmaurice onde todo o desafio físico e psicológico é enfrentado com positividade e o desejo de realizar um sonho. 

     
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