O BRASIL NA PANORAMA
     
 

PUBLICADA EM 14.02.17

Carlos Augusto Brandão

“Pendular”, da diretora, produtora e montadora Julia Murat, foi o destaque ontem da Panorama, do Festival de Berlim.

O filme teve première mundial nesta 67ª edição  com casa cheia.
 
Julia já esteve na Berlinale em 2008 como montadora de dois filmes que foram selecionados naquele ano para a mesma mostra:  “Maré Nossa História de Amor”, dirigido por sua mãe Lucia Murat; e o curta-metragem Tá, de Felipe Scholl, que foi o vencedor do prêmio Teddy, troféu destinado a filmes com temática LGBT.
 
No catálogo do festival  “Pendular” é descrito como “um tratamento de gênero original e filosófico sobre jovens boêmios à beira da meia-idade”.
 
A história mostra a relação entre um escultor (Rodrigo Bolzan)  e uma dançarina (Raquel Karro).  Entre os dois brota uma tensão que vai se manifestar no espaço que compartilham: em resumo, as esculturas dele invadem o espaço dela.
 
Julia diz  que queria trabalhar com a ideia do pêndulo.
 
“Tanto o pêndulo da relação amorosa quanto o pêndulo do encontro das artes”, explicou a carioca de 1979, que  ainda adolescente foi figurante em “Doces Poderes”, de Lucia Murat.
 
Mas ela ficou internacionalmente conhecida por “Histórias que só existem quando lembradas”, que foi selecionado para os festivais de Veneza, Toronto, San Sebastian, Roterdam e vencedor de mais de 25 prêmios mundo afora.
 
“Pendular”, também começa bem sua carreira num festival com o porte da Berlinale, o que já é meio caminho andado para o sucesso. O  filme concorre ao prêmio de audiência da Panorama, ganho em 2015 por “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert.

 

     
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