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PUBLICADA EM 15.02.17
Myrna Silveira Brandão
Colo, de Teresa Villaverde, é o representante de Portugal na mostra competitiva desta 67ª edição do Festival de Berlim.
Na edição passada, o país também marcou presença marcante na competitiva oficial com “Cartas da Guerra”, de Ivo Ferreira, que embora tenha saído daqui sem prêmios, teve uma boa acolhida no evento.
A sessão de “Colo” foi bastante concorrida, bem como a coletiva com a diretora que retorna à Berlinale, onde seu primeiro longa-metragem “A Idade Maior” estreou na mostra paralela Fórum em 1991.
Seu novo filme, que é centrado na vida de uma família desempregada, traz no elenco Alice Albergaria Borges, Beatriz Batarda, Clara Jost e João Pedro Vaz, um dos maiores atores de Portugal, que é principalmente conhecido pelo seu trabalho no teatro. É a primeira vez que a diretora trabalha com Pedro Vaz.
Na coletiva após a projeção, Villaverde deu uma descrição muito pessoal da mensagem que deseja passar com o filme.
“Uma reflexão muito atual e quase serena, sobre o nosso caminho comum como sociedades europeias de hoje, sobre o nosso isolamento, a nossa perplexidade perante as dificuldades que nos vão surgindo, sobre a nossa vida nas cidades e dentro das nossas famílias”, ressaltou.
Nascida em Lisboa, Villaverde é realizadora, argumentista e produtora premiada em vários festivais internacionais. Entre outros filmes, fez sucesso com “Os Mutantes” (1998), “Água e Sal” (2001), “Transe” (2006) e “Cisne” (2011).
Conhecida pela intensidade dos dramas que filmou ao longo de sua carreira, a diretora de 50 anos agradeceu a seleção para a Berlinale e resumiu a percepção que tem de “Colo”.
“É um filme com uma tensão crescente que nunca chega a explodir”.
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