ROMÊNIA REAFIRMA A BOA FASE DO SEU CINEMA
     
 

PUBLICADA EM 17.02.17

Carlos Augusto Brandão

O diretor romeno Calin Peter Netzer está novamente na disputa pelo Urso de Ouro, após ter conquistado em 2013 o troféu máximo da Berlinale com “Instinto Materno”.

Ele retorna agora com “Ana, Mon Amour”, que foi recebido ontem com  aplausos na concorrida sessão prévia para a imprensa.
 
O fato é que filme romeno, cada vez mais, tem atraído muita gente nos festivais. A qualidade do cinema mais recente da Romênia, que vem sendo chamado de Onda Romena, não é mais um caso isolado, como comprovam os filmes de Radu Jude (Aferim!), Cristian Mungiu (Graduation),  Cristi Puiu (A Morte do Senhor Lazarescu) e Corneliu Porumboiu (Polícia, Adjetivo), apenas para citar alguns.  
 
O novo filme de Peter Netzer  é baseado no romance de Cezar-Paul Bädescu e explora os momentos tensos da relação de um casal formado por Ana e Thomas.
 
Eles se conhecem na faculdade, se aproximam e iniciam uma relação de amor que rapidamente se torna uma batalha para ambos.
 
Devido a problemas na infância, Ana tem frequentes ataques de pânico e Thomas assume o papel de seu protetor.  Embora pareça ter o controle da relação, tempos mais tarde ele se encontra gravitando em torno de uma mulher que não consegue entender, forçando-o a um  limite extremo na tentativa de salvá-la.
 
A revelação do filme é Mircea Postelnicu, que desempenha  seu primeiro papel em um filme, depois de estrear peças em teatro.
 
Na coletiva após a projeção, Peter Netzer definiu o cerne do filme.
 
“Ana, mon amour é uma história sobre um homem que tenta descobrir o que não é visto, o que não é dito, nem mesmo o que ele pensava”, explicou o diretor esclarecendo que o filme não explora a erosão do relacionamento de Ana e Thomas.
 
“O filme mostra a incapacidade de construir corretamente um relacionamento”, sintetizou Peter Netzer que, com Ana, Mon Amour, chega ao seu quarto longa-metragem depois de Maria (2003), Medalha de Honra (2009) e o premiado Instinto Materno (2013).
 

     
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