LOGAN PODE SER O ADEUS DE HUGH JACKMAN
     
 

PUBLICADA EM 17.02.17

Myrna Silveira Brandão

“Logan”, de James Mangold, era um dos títulos mais aguardados desta 67ª edição do Festival de Berlim, onde participa fora de concurso.

O filme que  parte da última trilogia de Wolverine, super herói do universo Marvel tem hoje (17.02) sua sessão de gala no suntuoso Palácio dos Festivais, que foi  antecedida de uma prévia para a imprensa.
 
Ambientado num futuro próximo, “Logan” segue um envelhecido Wolverine que deve proteger,  de uma organização diabólica liderada por Nathanial Essex, uma jovem clone de Wolverine.
 
Logan e o Professor Charles Xavier precisam  lidar ainda com a perda dos X-Men, quando a corporação liderada por Nathaniel Essex está destruindo o mundo. Tudo piora porque as habilidades de cura de Logan estão lentamente desaparecendo e o Alzheimer de Xavier o está levando ao esquecimento de muitas coisas.
 
Estrelado por Hugh Jackman, Patrick Stewart, Richard E. Grant, Boyd Holbrook, Stephen Merchant e Dafne Keen, “Logan” é a sequência de X-Men Origens: Wolverine (2009) e Wolverine – Imortal (2013) e o décimo filme da série de filmes dos X-Men.
 
Na coletiva após a projeção – da qual participou o Mccinema – Mangold, que colaborou no roteiro escrito por Scott Frank e Michael Green,  explicou porque decidiu realizar “Logan”  de maneira diferente dos muitos filmes de super-herói.
 
“Espetáculo apenas não é o suficiente. O que tentamos fazer foi investir no personagem, fazer um filme que, tirando a parte da ação, fosse realmente um drama poderoso. Se isso nos tornou diferentes ou não, deixo esse julgamento para os espectadores”, disse o diretor, comentando a reação positiva de alguns fãs que participaram de uma sessão prévia num evento da 20th Century Fox.
 
“Alguém disse que o filme faz com que a gente imagine que a ação não está acontecendo em um universo diferente do nosso”, ressaltou.
 
Sobre a escolha da música de Johnny Cash, o diretor  disse que ela está diretamente ligada à diferença de tom que quis dar a “Logan”,  em relação a outros filmes de herói.
 
“Obviamente eu tenho uma conexão e um carinho por Johnny Cash, tanto pelas mensagens como pela música dele. Mas o que realmente me levou a tomar essas decisões foi tentar nos afastar, de maneira cuidadosa, de outros filmes de super-herói.  A música de Johnny, de certa forma, nos separa do padrão”, enfatizou o cineasta,  ressalvando que isso não reduz a ação no filme.
 
“Tem muita ação poderosa no filme. Só estamos tentando entregá-la de maneira  diferente e bem visceral”, complementou esclarecendo detalhes sobre a linha temporal do filme.
 
“Nós estamos no futuro e reencontrando todos esses personagens em circunstâncias que são um pouco mais reais.  Nós os tínhamos visto em ação, salvando o universo, mas agora há outras questões envolvidas: de envelhecimento de solidão, de encontrar seu lugar no mundo”, explicou o diretor indagando.
 
“O que acontece quando você está se  aposentado e essa carreira acabou? A coisa realmente interessante para mim foi explorar o que não tinha sido explorado antes, ou seja a  ideia dos mutantes quando eles não estão mais sendo úteis para o mundo, e nem mesmo têm certeza de que podem fazer o que costumavam fazer, enfim os poderes deles estão reduzidos como os de todos nós estarão com a idade”, afirmou o versátil cineasta de 44 anos.
 

     
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