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PUBLICADA EM 19.02.18
Carlos Augusto Brandão
A cinebiografia é um gênero em alta na seleção dos filmes em competição na Berlinale.
O tema ontem foi destaque na 68ª edição do Festival de Berlim com “3 days in Quiberon”, dirigido pela alemã Emily Atef.
O filme é sobre a atriz austríaca Romy Schneider (1939-1982). Rodado em preto e branco, traça um retrato do ícone do cinema europeu que foi a atriz.
Ela se tornou uma estrela ainda adolescente ao interpretar a imperatriz Elizabeth na trilogia de filmes iniciada com Sissi (1955), e morreu em 1982 aos 43 anos, cercada de dívidas e maldosos comentários sobre sua vida pessoal.
O roteiro é inspirado na última entrevista que a atriz concedeu durante sua estada, na qual tenta dissociar a sua vida pessoal da imagem pública.
No filme, a atriz é vivida pela alemã Marie Bäumer, que tem grande semelhança com Romy Schneider.
Quiberon é o nome da cidade francesa onde Romy passou uma temporada, no início dos anos 1980, internada em uma clínica de reabilitação.
Na coletiva com a imprensa, a diretora falou sobre a personalidade de Romy.
“Ela não tinha filtro, não tinha um refúgio na vida real, por isso precisou encontrar um como atriz”, disse Atef acrescentando que isso contribui para manter o mito.
“É essa abertura e vulnerabilidade que fazem parte do fascínio construído em torno dela”, complementou Atef, representante do país anfitrião na busca do Urso de Ouro nesta edição.
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