NOITE MEXICANA NA BERLINALE
     
 

PUBLICADA EM 22.02.18

Carlos Augusto Brandão

"Museo", do mexicano Ruizpalacios foi mostrado ontem nesta 68ª edição do Festival de Berlim.

Ele é um dos dois títulos latino americanos na competição oficial.  O outro é "Las Herederas", dos paraguaio Marcelo Martinessi. 
 
O filme de Ruizpalacios reconstitui o episódio ocorrido em  1985 quando várias peças históricas foram furtadas do Museu de Antropologia do México, gigantesco acervo de relíquias pré-colombianas na capital do país.
 
Mas além do tema do roubo, o filme é uma reflexão sobre colonialismo e sobre o lugar dos desajustados no mundo.
 
Gael García Bernal é Juan, um ladrão existencialista em potencial, que odeia morar ainda na casa dos pais.  Vive em Ciudad Satélite, nos subúrbios da Cidade do México, lugar que ele considera a mediocridade da classe média.
 
Ele então arquiteta um plano de aproveitar que o Museu estará fechado na virada do ano para roubar peças pré-colombianas.  Mas o que fazer depois, vendê-las?  Para quem?
 
O filme se de debruça sobre as consequências do ato a partir da perspectiva de Juan.
 
Na coletiva após a projeção, o diretor falou sobre sua motivação para contar essa história.
 
“O que interessava era a jornada interna de Juan”, disse complementando seu pensamento.
 
“Como um garoto que só quer aplicar um truque se torna um criminoso?”, questionou.  
 

     
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