DIRETORES GAÚCHOS FALAM SOBRE "TINTA BRUTA"
     
 

Publicado em 08.11.2018

Myrna Silveira Brandão

“Tinta Bruta”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon teve estreia mundial na 68ª edição do Festival de Berlim


 Agora o filme é uma das atrações do Festival do Rio, onde participa da competitiva Première Brasil, mostrado ontem no Estação Net Gávea, numa sessão para convidados.
 
O filme conta a história de Pedro (Shico Menegat), um jovem que tenta sobreviver em meio a um processo criminal e à súbita decisão de sua irmã de se afastar e deixá-lo. Sob o codinome Garoto Neon, Pedro se apresenta no escuro do seu quarto para milhares de anônimos ao redor do mundo pela Internet. Com o corpo coberto de tinta, ele realiza performances eróticas na frente da Webcam.
 
Os diretores haviam retornado  à Berlinale, onde em 2015 apresentaram “Beira-Mar”,  premiado em vários festivais, inclusive neste mesmo  Festival do Rio, com o  Prêmio Especial do Júri.
 
Em entrevista a esta repórter, Matzembacher, falando em nome da dupla, explicou a motivação para realizar “Tinta Bruta”.
 
“O filme surgiu da vontade de falar sobre despedidas, raiva e resistência. Inicialmente a narrativa veio de um curta-metragem que realizamos “Quarto Vazio”, mas durante o processo, o roteiro foi modificado”, revela o diretor, expressando o que representou  para o filme esta volta ao festival.
 
“Ficamos muito felizes com a estreia de “Tinta Bruta” em Berlim e agora aqui no Rio.  É uma mostra que admiramos e muitos filmes que marcaram nossas vidas passaram por ela, então exibir nosso segundo longa-metragem no evento será um prazer imenso.  O retorno ao festival é muito importante para dar visibilidade ao filme, que é um filho muito precioso para nós.  Estamos há quatro anos trabalhando nele”, diz Matzembacher destacando a parceria com Reolon.
 
“Nosso processo é bastante coletivo. Fazemos tudo juntos, desde a escrita do roteiro, os ensaios, decupagem, e acompanhamento da pós-produção. Temos bagagens muito semelhantes (ambos somos também atores, por exemplo), mas alguns focos distintos também contribuem para o nosso trabalho, como aconteceu neste”, diz o diretor, que espera uma boa receptividade do público para “Tinta Bruta”.
 
Aguardamos com ansiedade para descobrir a recepção a “Tinta Bruta”, pois um dos pontos altos da Berlinale e do Festival do Rio  é justamente essa participação viva do público, compara complementando.
 
“Estávamos  ansiosos pelas sessões do filme em Berlim e mais ansiosos ainda em exibi-lo agora no Brasil aqui no Festival do Rio”.
 

     
  » Imprimir  
 
   
  Seja o primeiro a comentar esta matéria (0) Comentário  
   
   
  Voltar