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PUBLICADA EM 11.02.14
Carlos Augusto Brandão
O destaque ontem da 64ª edição do Festival de Berlim, foi o representante da Grécia na mostra oficial.
Quem costuma frequentar festivais sabe que não é muito comum a seleção de filmes gregos na programação. A Berlinale é uma exceção, sendo rara a edição que não contempla um título da Grécia em algumas de suas mostras.
Em 2009 apresentou Eden L’Ouest, de Costa Gavras e há dois anos atrás Meteora, de Spyros Stathoulopoulos.
Agora, seis anos depois de A Poeira do Tempo, de Theo Angelopoulos, integrar a mostra oficial, o diretor grego cipriota Yannis Economides está concorrendo ao Urso de Ouro com Stratos (Mikro Psari).
Economides nasceu em Limassol em 1967 e muito cedo foi para Atenas onde passou a estudar cinema. Embora pouco conhecido fora do seu país, ele é um dos responsáveis por ajudar a remodelar a estética e as formas do novo cinema grego.
Seu cinema, contudo, é bastante sombrio desde seu primeiro longa-metragem, o corajoso Matchbox de 2002, no qual ele retrata de uma forma implacável os aspectos pequeno-burgueses da sociedade e da família. Na mesma linha, seguiram-se Soul Kicking, o conto de um homem que sucumbe às pressões da vida moderna e Knifer, um drama contundente sobre um caso de amor terrivelmente errado.
Seu novo filme não fica atrás ao retratar um drama social que segue o personagem título, um ex presidiário que trabalha numa padaria e está juntando dinheiro para ajudar na fuga de Leônidas, o homem que salvou sua vida e está na prisão.
Stratos está consciente que deve sua vida a Leônidas e não deixará de pagar essa dívida. Mas quando examina a questão mais a fundo, descobre que tem muito mais dívidas para pagar do que inicialmente acreditava. A fim de sair são e salvo da situação, ele arquiteta um plano perfeito, uma espécie de última missão.
Liderado por Vangelis Mourikis como Stratos, o elenco conta também com Vicky Papadopoulou e Petros Zervos.
O filme é uma coprodução da Grécia e da Alemanha, que participou através da Match Factory Productions.
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