PUBLICADA EM 19.09.14

Carlos Augusto Brandão

Em Seymour: An Introduction, o ator Ethan Hawke, mais uma vez, passa para trás das câmeras.

O documentário foi o destaque ontem das prévias para a imprensa da 52ª edição do Festival de Nova York.
 
O filme é um retrato de Bernstein que explora o trabalho ético do artista, seu aprendizado no piano com Clara Husserl, seu tempo servindo nas armas da Guerra da Coréia, bem como observações de pianistas companheiros e suas interações com amigos.
 
O diretor e o retratado se conheceram durante um jantar numa festa.
Sentados próximos um ao outro, iniciaram uma conversa que acabou sendo o passo inicial para o documentário que Hawke dirigiu.
 
Após a projeção, moderados por Kent Jones, diretor do NYFF, Bernstein e Hawke falaram do filme, da dinâmica entre professor e aluno, do professor como mentor, relacionamentos e o que Hawke deseja com seu documentário.
 
“Eu tenho um aluno que é um amigo de Ethan, ele me chamou e disse – eu queria convidar você para jantar e Ethan Hawke está vindo”.  Eu disse – “quem é ele?” Risos.
 
“Você sabe, eu sou um pianista e não vou com frequência ao cinema. Eu fui pesquisar no Google e disse, O meu Deus eu sem quem ele é...”
 
Um ano após sua primeira introdução, Bernstein convidou um pequeno grupo para seu apartamento incluindo Hawke.  E foi lá que Bernstein contou o que Hawke disse para ele.
 
“Nós vamos fazer um documentário sobre você. O tema do documentário deve ser como a devoção e a disciplina na arte, podem não somente impulsioná-la, como irradiar para toda a vida”.
 
O documentário de Hawke, com 81 minutos,  é um retrato caloroso e lúcido do pianista e professor Seymour Berstein e também um filme sobre paciência, concentração e devoção que são fundamentais para a prática da arte e da vida.