|
PUBLICADA EM 24.01.15
Carlos Augusto Brandão
Eden, de Mia Hansen-Love (França), é um dos destaques da 31ª edição do Sundance, que iniciou no último dia 22.
O filme integra a Mostra Spotlight, que tem por slogan “o cinema que amamos”.
Quarto longa-metragem da jovem diretora – que foi assistente de Olivier Assayas – é um acontecimento raro. Um trabalho em escala épica construído de forma puramente efêmera flutuando ao longo de correntes de sentimentos.
Com 131 minutos totalmente aproveitados, Eden é baseado nas experiências de Sven, irmão da diretora e também roteirista, que foi um dos DJs pioneiros da cena de raves franceses no início dos anos 90.
Paul (Félix de Givry) e seus amigos incluindo Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter (também conhecido como Daft Punk) tem visões de êxtases com a música de garage.
Na medida em que seus raves ficam mais e mais populares, eles experimentam uma democracia de pura felicidade se estendendo até o infinito e desmaterializando o contato dos tempos mutantes e as demandas do cotidiano.
O filme da diretora brinca com a mente dos espectadores com um rodamoinho de corpos e rostos bonitos, movimentos impulsivos, cachoeiras de luz e cor (ela trabalhou com o grande fotógrafo Denis Lenoir) e música, música e mais música.
Eden é um filme que mexe com a batida da juventude sempre com um pensamento ou uma emoção à frente de si própria.
|