Festivais - FESTIVAL DE SUNDANCE ANUNCIA PROGRAMAÇÃO
     
 

PUBLICADA EM 10.12.15

Carlos Augusto Brandão

O Festival de Sundance ( 21 a 31.1.16) anunciou os filmes em competição de sua 32ª edição.

Criado e organizado pelo ator e diretor Robert Redford, o Sundance começou em 1981 como uma mostra regional.  Depois de ganhar os holofotes da mídia internacional com Sexo, Mentiras e Videoteipe – que saiu de Park City para ganhar a Palma de Ouro em Cannes – não parou mais de crescer e é hoje o principal festival norte-americano.
 
Other People, de Chris Kelly, será o filme de abertura. Mistura de comédia e drama, a história segue um escritor gay que se muda para a Califórnia a fim de cuidar de sua mãe, uma mulher conservadora e que está gravemente doente.
 
John Cooper, diretor do festival, falou da seleção e do filme que abrirá o evento.
 
“Nosso festival continua a mostrar que filmes têm o poder de inspirar, desafiar e surpreender o público de novas maneiras. Queremos abrir a noite deixando a nossa audiência entusiasmada e Other People fará isso. Faz rir, faz chorar, ficar um pouco irritado”, completou Cooper.
 
Entre os destaques da competição dramática americana está The Birth of a Nation, de Nate Parker, que estreia como diretor e roteirista após trabalhar como ator em O Grande Debate (2007) e Sem Escalas (2014).
 
O filme é a história de um escravo que lidera um movimento de libertação em 1831 na Virginia, resultando em uma violenta retaliação dos brancos.
 
The Goat, de Andrew Neel – também aguardado com expectativa – segue Nick Jonas, membro de uma fraternidade estudantil que presencia um trote brutal na faculdade onde estuda.
 
E ainda na competitiva americana, outro destaque é Swiss Army Man, de Dan Kwan e Daniel Scheinert, diretores conhecidos por vídeos de música.  O drama, que une aventura e comédia, tem Daniel Radcliffe como um homem morto e Paul Dano como um habitante do deserto que descobre o corpo.
 
Trevor Groth, diretor de programação do festival, comentou a seleção.
“A gente vê os seres humanos sendo forçados a comportamentos extremos. Dá uma compreensão mais profunda de como essas coisas acontecem e, também deixa a esperança de como podemos impedir que coisas assim ocorram novamente”, declarou.
 
Na mostra Cinema Mundial – categoria para competição de drama estrangeiro – um dos destaques é The Lure, do polonês Agnieszka Smoczynska, que aborda as escolhas cruéis e sangrentas que duas irmãs sereias têm que fazer quando uma delas se apaixona por um jovem.
 
Na competitiva americana para documentários, a maior expectativa é Jim, de Brian Oakes.  A produção aborda a decapitação do jornalista americano James Foley pelo Estado Islâmico em 2014. O diretor é um dos amigos de infância de Foley.
 
Entre os documentários também são aguardados com expectativa: Weiner, de Josh Kriegman e Elyse Steinberg, que tiveram acesso aos antecedentes do escândalo envolvendo o político Anthony Weiner, demitido do Congresso americano em 2011; Gleason, de Clay Tweel, sobre o ex-jogador de futebol profissional Steve Gleason, diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica; e Holy Hell anunciado como um filme sobre “comunidade espiritual secreta de amor liderada por um professor carismático na cidade de West Hollywood em 1980”.  O nome do diretor não foi revelado pela organização do evento, mas nos sites especializados de cinema consta o nome de Ryan LaPlante.  
 
A 32ª edição terá um total de 120 longas-metragens, 98 em estreia mundial representando 37 países.