Festivais - SUNDANCE INICIA MARATONA INDIE
     
 

PUBLICADA EM 20.01.16

Myrna Silveira Brandão

A partir de amanhã, a pequena Park City, uma estação de esqui nas montanhas rochosas de Utah (EUA), se torna a capital do cinema independente mundial.

Lá acontece o mais importante evento do cinema indie, o Festival de Sundance, que hoje é bem diferente daquele já longínquo 1985 quando foi criado por Robert Redford para abrir um espaço a diretores que não conseguiam fazer seus filmes no rígido sistema de estúdios.
 
Era uma forma também de revelar talentos com alto potencial criativo e inovador. De uma tímida mostra regional, o Sundance atualmente  é um privilegiado celeiro, onde distribuidores e produtores abarrotam o charmoso resort, para realizar negócios milionários e, quem sabe, descobrir o grande talento do ano.
 
Other People, de Chris Kelly, dará partida à maratona. Mistura de comédia e drama, a história segue um escritor gay que se muda para a Califórnia a fim de cuidar de sua mãe, uma mulher conservadora e que está gravemente doente.
 
John Cooper, diretor do festival, disse que quer abrir a noite deixando a audiência entusiasmada.
 
“E  Other People fará isso. Faz rir, faz chorar, ficar um pouco irritado”, afirma.
 
No dia 30, The Fundamentals of caring, de Rob Burnett – EUA –  encerrará o evento. O filme segue Ben, que após sofrer uma tragédia, Ben se torna um cuidador para juntar dinheiro. Seu primeiro cliente, Trevor, é um jovem de 18 anos com distrofia muscular.  Um é paralisado emocionalmente e o outro fisicamente. Ambos pegam a estrada para encontra esperança, amizade em um conto comovente.  
 
Nesses 11 dias a plateia disporá de uma gama de filmes de várias nacionalidades, temas e gêneros.
 
Entre os destaques, podem ser citados:   Michael Jackson’s Journey from Motown to Off the Wall, documentário de Spike Lee sobre o rei do pop Michael Jackson;   Lo and Behold, Reveries of the connected world, de Werner Herzog sobre a internet;  e  longas sobre o diretor Richard Linklater (Dream is Destiny) e sobre o fotógrafo Robert Mapplethorpe (Mapplethorpe: Look at the pictures.
 
O Brasil, que teve uma participação maciça em quase todos esses anos – pelas telas do Sundance passaram filmes como Central do Brasil, Casa de Areia, O Invasor, Madame Satã, Carandiru, Ônibus 174,  Sertão das Memórias  e muitos outros – está ausente desta edição. 
 
Da América Latina foram selecionados da Argentina e Uruguai (Mi amiga del Parque), Colômbia (Entre o Mar e a Terra) e Chile (Muito barulho por nada).