Festivais - UM RETRATO DA BARBARIE
     
 

PUBLICADA EM 29.01.16

Carlos Augusto Brandão

Na competitiva americana para documentários desta 32ª edição do Festival de Sundance, um dos filmes aguardados com maior expectativa era Jim, de Brian Oakes.

O filme estreou no Yarrow dia 23 em Park City e ontem teve uma sessão em Salt Lake City, capital do Estado de Utah.
 
A produção aborda a decapitação do jornalista americano James Foley pelo Estado Islâmico em 2014.
 
Em agosto daquele ano, um vídeo de execução pública do fotojornalista americano correu o globo.  Foley usava um macacão laranja quando se ajoelhou ao lado de um militante ISIS vestido de preto.  Essa imagem desafiou o mundo a lidar com uma nova face do terror.
 
Visto através da lente de Oakes, amigo de infância de Foley, Jim leva-nos a partir de uma pequena cidade da Nova Inglaterra para as linhas de frente repletas de adrenalina da Líbia e da Síria, onde Foley cruzou os limites do perigo para reportar a situação dos civis afetados pela guerra.
 
No dia da Ação de Graças de 2012, Jim Foley foi raptado na Síria e desapareceu por dois anos.  Jogada em um mundo de pistas falsas de desinformação, a família de Foley foi ameaçada de processo pelo governo dos EUA por razões ligadas ao pagamento de resgate.
 
No angustiante filme de Oakes, a família de Foley, amigos e colegas jornalistas contam a história de Jim, enquanto seus companheiros reféns revelam os detalhes do cativeiro de forma arrepiante.
 
Brilhantemente construído com acesso a informações sem precedentes, Jim é uma crônica angustiante de bravura, compaixão e dor da Guerra Mundial ISIS.