PUBLICADA EM 11.12.15

Myrna Silveira Brandão

A 66ª edição do Festival de Berlim dará o Urso Honorário – pelo conjunto da obra – para o cinematógrafo alemão Michael Ballhaus.

Ballhaus, de 81 anos,  é um dos mais importantes cinematógrafos do mundo. Trabalhou   inicialmente 25 anos nos EUA, mas consolidou sua carreira na Alemanha onde atuou com, entre outros, Rainer Werner Fassbinder e ajudou  o Jovem Cinema Alemão a ter sua liberdade artística.
 
Dieter Kosslick, diretor da Berlinale, expressou a satisfação do festival em fazer este tributo para  Ballhaus.
 
“Nós estamos honrados em homenagear Ballhaus, que tem uma obra única com cerca de 130 filmes para cinema e televisão, incluindo quinze títulos com Fassbinder e sete com Martin Scorsese, além de ter trabalhado com outros lendários diretores como Wolfgang Petersen, Volker Schlöndorff, John Sayles, Robert Redfor, James L. Brooks, Paul Newman, Mike Nichols e Francis Ford Coppola”, disse Kosslick.
 
Na década de 1990, a  fama de Ballhaus cresceu mais ainda em trabalhos como Os Bons Companheiros (1990), de Martin Scorsese, Drácula de Bram Stoker (1992), de Francis Ford Coppola e Quis Show – A Verdade dos Bastidores (1994), de Robert Redford, que participou da mostra competitiva da Berlinale em 1995.
 
A Idade da Inocência (1993), de Scorsese é considerada uma obra prima da parceria do diretor com Ballaus pelas tomadas e ângulos de câmera utilizados para contar a  história de um triângulo amoroso no século 19.
 
Ballahus já tem uma história com o festival, onde foi presidente do júri em 1990 e premiado com a Câmera Berlinale em 2006.
 
A homenagem será acompanhada de uma retrospectiva de filmes com Ballhaus incluindo Martha, de Fassbinder (1974), A Cor do Dinheiro (1986), de Scorsese,  Uma Secretária de Futuro (1988), de Mike Nichols e mais recentemente 3096 Dias de Cativeiro (2013), de Sherry Hormann.