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PUBLICADA EM 12.02.16
Myrna Silveira Brandão
A cidade está lotada e com a segurança reforçada como tem acontecido ultimamente em eventos que reúne multidões.
Tudo isso porque o Festival de Berlim, um dos maiores eventos cinematográficos do mundo, deu início à programação de sua 66ª edição.
Mas o próprio Dieter Kosslick, diretor do festival, ameniza a questão.
“Se formos bem sucedidos em não associar o nosso medo do terrorismo com o influxo atual de refugiados, podemos descobrir que eles podem nos ajudar a levar a levar a cabo uma enorme experiência na tolerância social. Viver com imigrantes já mudou nosso sociedade de forma positiva e a Berlinale, como uma zona de tolerância, teve muita prática com esse tipo de situação”, afirmou.
A abertura aconteceu com a estreia internacional fora de concurso, de “Hail, Caesar!”, de Joel e Ethan Coen.
O filme traz um elenco de peso que inclui Josh Brolin, George Clooney, Ralph Fiennes, Jonah Hill, Scarlett Johansson, Frances McDormand, Tilda Swinton e Channing Tarum, entre outros.
Mostrado numa sessão prévia para a impressa, a trama que se passa em um único dia, segue Eddie Mannix (Brolin), um homem que trabalhou em grandes estúdios de Hollywood e está às voltas com uma série de problemas.
O mais grave deles acontece quando Baird Whitlock (Clooney), é sequestrado por um grupo autodenominado “Futuro” e Mannix – responsável por manter todos e tudo nos eixos do estúdio Capitol Pictures – precisa agir discreta e rapidamente para salvar o astro, o projeto, sua cabeça e a empresa.
Scarlett Johansson vive uma atriz que engravida durante a produção de um grande filme.
O filme também mostra os bastidores de diversas produções do cinema da década de 1950.
Para a coletiva após a projeção, os irmãos cineastas chegaram acompanhados de Clooney, Brolin, Swinton , Tatum e Ehrenreich.
Joel iniciou a entrevista explicando que o filme é centrado numa ideia original sobre o que é o personagem do Mannix, o cara de estúdio que ajeitava tudo. É também sobre uma versão romantizada da Hollywood dos anos 50 e o “capricho” no design e na fotografia fazem parte daquele meio ambiente”, detalhou.
Clooney, para quem foi dirigida a maior parte das perguntas, falou o que é trabalhar com os Coen.
“É o quinto filme que faço com eles, toda vez que eles me mandam um roteiro e dizem que escreveram um personagem pensando em mim, eu fico imaginando... “é esse tipo de pessoa que esses caras acham que eu sou...?”, brincou o ator, para depois falar sério e, com muitos elogios para a dupla, repetir o que que já tinha dito na estreia do filme em Los Angeles no último dia 01.02.
“Eles são divertidos e ótimos diretores. Além disso, gostam do que fazem, o que torna tudo mais fácil. Eu amo trabalhar com eles , afirmou o ator de 54 anos, que entre outros, já atuou com os Coen em – E aí, Meu Irmão, Cadê Você? (2000), O Amor Custa Caro (2003) e Queime Depois de Ler (2008) .
Júri oficial
Pela manhã, Meryl Streep fez a apresentação do seu júri, que é formado pela
Dieter Kosslick, diretor da Berlinale, disse que Meryl Streep é uma das mais criativas e multifacetadas atrizes de nossas telas.
“Como reconhecimento do nosso entusiasmo com seu talento extraordinário, nós demos a ela o Urso de Ouro Honorário em 2012 pelo conjunto da obra. Eu estou muito feliz que Meryl esteja retornando a Berlim para ser a Presidente do Júri Internacional”, destacou Kosslick.
Meryl, por sua vez, ressaltou que é uma enorme emoção retornar ao festival sob qualquer circunstância, mas é com grande satisfação que espera por esse trabalho no júri.
“A responsabilidade é assustadora, uma vez que eu nunca fui presidente de nada antes. Espero que possa estar à altura dos brilhantes júris que me precederam. Obrigada pela honra”, declarou a talentosa atriz de 66 anos.
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