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PUBLICADA EM 17.10.16
Myrna Silveira Brandão
The Lost City of Z, novo trabalho de James Gray, teve sua première mundial ontem como o filme de encerramento da 54ª edição do Festival de Nova York.
Baseado no livro homônimo do jornalista David Grann, o épico de Gray - que já desponta como um candidato ao Oscar/ 2017 - conta a história real do tenente-coronel Percy Fawcett (Charlie Hunnam), um militar britânico que virou um fanático explorador.
Sua busca por uma cidade perdida – que ele chamava de “Z” e acreditava ser El Dorado – nas profundezas da Amazônia se torna uma obsessão que afeta sua reputação, a vida familiar com sua esposa (Sienna Miller), filhos e sua própria existência.
Após várias expedições infrutíferas e a perda de seu financiamento, Fawcett decidiu realizar uma viagem com seu próprio dinheiro, levando junto seu filho Jack Fawcett, então com 21 anos, e outros homens de confiança. O Grupo partiu em 1925 para Mato Grosso e nunca mais voltou ou foi visto.
Gray e o diretor de fotografia Darius Khondji fizeram um filme primoroso, que oscila entre o êxtase e o terror. Tendo como produtores executivos Brad Pitt e Marc Butan e também estrelado por Robert Pattinson e Tom Holland, “The Lost City of Z” apresenta uma narrativa grandiosa num raro nível de arte.
Kent Jones, diretor do Festival de Nova York e do Comitê de Seleção ressaltou que Gray é um dos melhores cineastas da atualidade.
“Cada um dos seus filmes é visual e emocionalmente bem feito, mas “The Lost City of Z” representa algo novo. É um verdadeiro épico, abrangendo dois continentes e três décadas, uma visão genuína e a busca da sublimidade”, declarou Jones.
Gray, por sua vez, diz que é verdadeiramente um sonho tornado realidade ter “The Lost City of Z” selecionado para a noite de encerramento do festival.
“Eu não poderia estar mais honrado que a estreia mundial do filme seja na minha cidade natal, que eu amo acima de todas as outras”, afirma o diretor que volta ao festival, onde esteve na 51ª edição com “Era uma Vez em Nova York” (2013).
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