Festivais - DIVERSIDADE DEU O TOM DA EDIÇÃO 2016 DO NYFF
     
 

PUBLICADA EM 17.10.16

Carlos Augusto Brandão

The Lost of Z, de James Gray, encerrou ontem o Festival de Nova York, que está em sua 54ª edição.

Mais uma vez, o festival se caracterizou por apresentar uma programação diversificada com o que de melhor foi exibido nos grandes festivais do ano – Sundance, Berlim, Cannes e Veneza  – acrescido de obras criativas e inovadoras garimpadas no mercado cinematográfico mundial.
 
Pela primeira vez, um documentário foi o filme de abertura com  “The 13º”, de Ava Duvernay, que teve sua première mundial no evento.
 
Sucessos europeus integraram a programação  como o italiano “Fogo no Mar”, de Gianfranco Rosi – ganhador do Urso de Ouro em Berlim; o francês “I, Daniel Blake”, de Ken Loach – Palma de Ouro em Cannes; e o alemão “Toni Erdmann”, de Maren Ade.
 
A América Latina esteve representada com destaque para “Neruda”, do chileno Pablo Larrain e “Hermia & Helena”, do argentino Matías Piñeiro.
 
O Brasil, ausente do festival há vários anos, marcou presença nesta edição com  “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho.
 
E o cada vez mais prestigiado cinema romeno compareceu com dois títulos: “Sieranevada” de  Cristi Puiu e “Bacalaureat”, de Christian Mungiu.
 
Bastante significativa em outras edições, a representação asiática ficou restrita a “Youself and Yours”, de Hong Sang-soo.
 
Mas não faltaram filmes de diretores consagrados como “La Fille Inconnue”, de Jean Pierre e Luc Dardenne; “Personal Shopper”, de Olivier Assayas; “Elle”, de Paul Verhoeven; “Julieta”, de Pedro Almodóvar; e “Paterson”, de Jim Jarmusch.
 
Em eventos paralelos,  a maior atração foi a Mostra Revivals, que  apresentou clássicos recém-restaurados. Entre outros foram mostrados: “A Batalha de Argel”, de Gillo Pontevorvo (1966) potente releitura do levante argelino; a obra-prima “Contos da Lua Vaga”, de Kenji Mizoguchi (1953); “A Face Oculta”, único filme dirigido pelo ator Marlon Brando  (1961); e uma homenagem a Jacques Rivette – o mestre francês da nouvelle vague – com um programa de seus primeiros três curtas-metragens.