Festivais - FESTIVAL DO RIO TEM PROGRAMAÇÃO ECLÉTICA E DIVERSIFICADA
     
 

PUBLICADA EM 07.10.16

Myrna Silveira Brandão

O Festival do Rio, um dos mais importantes festivais cinematográficos do País, deu partida ontem à sua 18ª edição.

Reunindo o que de melhor aconteceu no cinema no ano – garimpado em festivais como Sundance, Berlim, Cannes e Veneza – o festival prima por dar espaço a várias cinematografias nacionais e internacionais.
 
O título de abertura foi “A Chegada”, ficção científica de Denis Villeneuve, sobre as teorias filosóficas em torno dos conceitos de tempo e espaço, relacionados com a linguagem.  O filme é estrelado por  Amy Adams, que está cotada ao Oscar por seu ótimo desempenho no filme.
 
Durante 11 dias, o Festival do Rio exibirá cerca de 250 filmes, entre os quais se destacam  “I Daniel Blake”, de Ken Loach, Palma de Ouro em Cannes;  “Personal Shopper”, de Olivier Assayas; e o alemão “Toni Erdmann”, de Maren Ade.   
 
A Première Brasil, a grande vitrine do festival, contempla diretores já consagrados como Eliane Caffé, Andrucha Waddington e Eryk Rocha e estreantes como José Luiz Villamarim e a atriz Leandra Leal.  “Sob Pressão”, o filme de Waddington – sobre um plantão médico num hospital público carioca – é um dos mais aguardados.
 
O crítico José Carlos Avellar, que morreu este ano, será homenageado com uma exibição especial de “Ganga Bruta”, de Humberto Mauro, um dos seus filmes favoritos.
 
Na tradicional Mostra Tesouros será exibido “É um Caso de Polícia”, de Carla Civelli.  Produzido em 1959 e nunca lançado no circuito comercial, o filme marca a estreia no cinema como protagonista de Glauce Rocha e é um resgate de memória do Rio com cenas como o Morro da Rocinha coberto pela mata ainda sem a comunidade atual.