Festivais - SÍNDROME DE BERLIM IMPACTA SUNDANCE
     
 

PUBLICADA EM 24.01.17

Carlos Augusto Brandão

“Berlin Syndrome”, de Cate Shortland, representa a Austrália na Mostra Cinema Mundial da 33ª edição do Festival de Sundance.

O filme – que está na mesma Mostra onde concorre o brasileiro “Não Devore meu Coração”, de  Felipe Bragança – teve sua estreia em sessão de gala no The Marc, de Park City.
 
O filme segue Clare, uma  fotojornalista australiana (Teresa Palmer) que está de férias em Berlim, para onde foi numa viagem turística.
 
Lá ela conhece Andi (Max Riemelt), um homem carismático, há uma atração instantânea entre eles e segue-se uma noite de paixão. Mas o que inicialmente parecia ser o começo de um romance de repente toma uma volta inesperada e sinistra quando Clare acorda na manhã seguinte e descobre que Andi saiu para o trabalho e a trancou em seu apartamento. 
 
Poderia ser um engano que costuma acontecer, mas na verdade Andi não tem intenções de deixar Clara ir embora.
 
Prisioneira em seu apartamento trancado e isolada do mundo exterior, enquanto sua provação tem seguimento,  Clare faz uma espécie de simulação com seu captor entregando-se a suas obsessões e planejando sua fuga.
 
O aclamado filme australiano de Cate Shortland (Lore, Somersault) se desenrola de forma lenta, mas intensa, à medida que o crescente medo de Clare se torna também dos espectadores.
 
Adaptado por Shaun Grant do romance de Melanie Joosten de 2011, “Berlin Syndrome”  é psicologicamente agudo e com uma rara dinâmica de poder mutante entre captor e prisioneiro.
 
O corajoso desempenho  de Palmer nos mantém enraizados por Clare, enquanto Riemelt expressa uma terrível profundidade para o perturbado Andi.