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PUBLICADA EM 25.05.17
Carlos Augusto Brandão
O Estranho que nós Amamos, de Sofia Coppola entusiasmou a plateia do Festival de Cannes, onde concorre à Palma de Ouro.
Inspirado no romance de Thomas Cullinan de 1966, o filme é ambientado em um pensionato para meninas do Mississippi, durante a Guerra Civil Americana. O isolamento das estudantes e de suas mentoras é quebrado pela chegada de um soldado ferido da União.
Toda a tensão vai girar em torno da ruptura do equilíbrio em torno da atração despertada naquelas mulheres pela presença masculina.
O livro de Cullinan já tinha uma adaptação para as telas. Em 1971 Don Siegel filmou com Clint Eastwood a história de um soldado do Norte que se refugia num pensionato de mulheres, no Sul dos EUA, durante a Guerra Civil.
Coppola diz ter feito uma nova adaptação do livro e não um remake do clássico de Siegel.
“Nunca tentei fazer uma refilmagem. É para ser a minha versão” diz a cineasta que rebate a ideia de que tenha feito um filme feminista.
“Deixo para o público como interpretá-lo. Para mim é só o ponto de vista feminino”, diz a diretora que repete em seu novo filme, as características de sua obra: a relação entre o mundo interior e exterior e a comprovação que existe um olhar masculino e outro feminino no cinema.
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