Festivais - PRÁTICAS COLETIVAS NO CINEMA CONTEMPORÂNEO
     
 

Publicado em 27.01.2023

Myrna Silveira Brandão

A Mostra Tiradentes promoveu nessa quinta feira (26) outro importante evento para o audiovisual brasileiro.

No horário  de 15 às 16:30h no Cine-Teatro, debateu as   “Práticas coletivas no Cinema brasileiro contemporâneo: aquilombamento e práticas indígenas”.
 
Como a presença disruptiva dos cinemas negros e indígenas transforma a compreensão sobre o que é cinema brasileiro contemporâneo?  Como os processos dos cinemas negros em sua forma aquilombada e os processos do cinema indígena podem nos dar a chave a compreensão mais profunda sobre essas mudanças?
 
Essas são algumas das  questões que foram levantadas no debate que teve a mediação da curadora, Tatiana Carvalho Costa.  Participaram da conversa como convidados: Cristina Amaral, produtora e montadora; Gabriel Araújo, crítico e curador; Mirna Kambeba Omágua Yetê Anaquiri, artista visual, performer e arte educadora.
 
Várias produções de realizadores indígenas ou que apresentam temática indigenista estão na programação da mostra.  Luta pela Terra, realizado por Camila Shinoda e Tiago de Aragão (DF) em parceria com comunicadores indígenas do Coletivo de Comunicadores Mura, do Cimi (Conselho Indígena Missionário) e do CIR (Conselho Indígena de Roraima) é um deles.
 
Na lista também estão Paola, curta-metragem documentação do artista visual indígena Ziel Karapotó com fotografia do também artista visual indígena Abiniel Nascimento; A Invenção do Outro, de Bruno Jorge; XAR – Sueño de Obsidiana de Fernando Pereira dos Santos e Edgar CValel: Soberane, de Wara; Cambaúba, de Cris Ventura; e As lavadeiras do Rio Acaraú transformam a embarcação em nave de condução, de Kulumym-açu;  Outra produção indigenista é Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando, de Ainda harika Yanomami, Edmar Tokorino Yamami e Roseane Yariana Yanomami.
 
O cinema negro é representado na Mostra pelas produções “Solmatalua”, de Rodrigo Ribeiro-Andrade (Mostra Foco) – um filme feito com imagens de arquivo, ensaístico; “Remendo”,, de Roger Ghil (Mostra Foco” – narra  a história de Zé, um homem preto de meia idade que tem uma oficina de eletrodomésticos na periferia de Vila Velha e está em busca de amor.