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Publicado em 27.05.2023
Myrna Silveira Brandão
O Festival de Cannes anunciou neste sábado (27), os vencedores de sua 76ª edição
A Palma de Ouro foi para o filme “Anatomie d’une Chute”, de Justine Triet. A cineasta francesa recebeu a láurea das mãos da atriz Jane Fonda, convidada de honra do evento.
“É muito bom voltar a Cannes, a última vez que estive aqui foi em 1963” declarou uma emocionada Jane Fonda.
Triet, por sua vez, também sob grande emoção, chamou os produtores e atores para subirem ao palco. E finalizou dedicando o prêmio aos novos diretores e diretoras e a todos que não podem realizar filmes hoje.
O Grand Prix, segundo troféu mais cobiçado de Cannes, foi para “The Zone of Interest”, de Jonathan Glazer.
O Prêmio do Júri, terceiro em ordem de relevância foi conquistado por “Fallen Leaves”, de Aki Kaurismaki.
O Prêmio de melhor direção foi para Tran Anh Hùng, por “The Pot au Feu”.
O prêmio de melhor roteiro foi conquistado por Yuji Sakamoto pelo filme “Monster”, de Kore-Eda Hirokazu
Merve Dizdar ganhou o prêmio de melhor atriz pela excelente interpretação no filme “About Dry Grasses”, de Nuri Bilge Ceylan.
Já o melhor ator foi o japonês Koji Yakusho, no filme Perfect Days, de Wim Wenders.
A Câmera de Ouro foi para “Inside the Yellow Cocoon Shell”, de Thien An Pham.
A Palma de Ouro de melhor curta-metragem foi para “27”, de Flóra Anna Buda.
Cannes manteve o título de festival mais importante do mundo
Após três anos complicados em face da pandemia da Covid-19, esta edição 2023, que comemora 76 anos de celebração do cinema, parece ter voltado ao normal.
Embora o filme de abertura com o drama histórico “Jeanne du Barry”, estrelado por Johnny Depp, não tenha tido a empolgação esperada, durante os 12 dias do festival, desfilaram pelas telas títulos de renomados diretores, entre eles, o veterano Marco Bellocchio, de 83 anos, famoso por, entre outros, o clássico “De punhos cerrados” (1965).
Brasil
A representação brasileira teve uma significativa participação em Cannes. Concorreu à Palma de Ouro na Mostra Oficial com “Firebrand”, do cineasta cearense Karim Aïnouz.
E, como já divulgado, “A flor do buriti”, produzido pela brasileira Renée Nader Messora e pelo português João Salaviza, ganhou o Prix D’ensemble (Prêmio de Melhor Equipe) na mostra “Um Certo Olhar” (Un Certain Regard)
Na estreia, o filme – que trata da luta pela terra empreendida pela comunidade indígena dos Krahôs – foi ovacionado por mais de 10 minutos.
Os diretores estão de volta ao festival. Em 2018 eles apresentaram, na mesma Mostra, o filme “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos” e, na ocasião, ganharam o Prêmio Especial do Júri.
Além dos citados, nossas cores marcaram presença também com a exibição de mais 3 longas-metragens: “Levante”, de Lillah Hallah, na Semana da Crítica; e os documentários fora de concurso – “Nelson Pereira dos Santos – uma Vida de Cinema”, de Aída Marques e Ivelise Ferreira e “Retratos fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho.
E contou ainda com a participação da atriz paulista Carol Duarte no elenco de “La Chimera”, da italiana Alice Rohwacher, que concorreu à Palma nesta edição.
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