Festivais - CINEOP ENCERRA EDIÇÃO 2023
     
 

Publicado em 25.06.23

Myrna Silveira Brandão

Após cinco dias de intensas atividades, a Cineop encerrou sua 18ª edição com a exibição de “Z鴔, de Rafael Conde, uma ficção em cor, digital, com 120 minutos.

A história acompanha Zé, líder do Movimento Estudanil brasileiro que  participa de um grupo de resistência contra a ditadua militar no Brasil (1964-1973).  Perseguido, ele escolhe a clandestinidade.  Deixa sua vida de classe média alta para viver com o povo, realizando o trabalho de alfabetização e conscientização política dos mais pobres.  Zé conhece sua parceira, Bete, comd quem tem dois filhos.  Durante seu tempo de clandestinidade, ele recebe Gilberto, irmão de Bete, como um novo militante.  Gilberto é no entanto, um informante do regime repressivo.   Zé morre sob tortura aos 27 anos, falsamente acusado pelos militares de ter traído todos os seus companheiros desaparecidos até hoje.  O filme traz no elenco, Caio Horowicz, Eduarda Fernandes, Rafael Protzner, Samantyha Jones, Yara de Novaes, Gustavo Werneck, Alexandre Cioletti.
 
Balanço
 
A 18ª edição pode entrar no na lista entre as melhores já realizadas em termos de tudo:  temática, programação, clima, organização.  Tudo funcionou a contento, o astral esteve sempre no alto.  Foi uma CineOP acima de tudo alegre, descontraída, perfeita.
 
As homenagens foram um ponto alto.  A começar por Tony Tornado. Na gelada noite de Ouro Preto, numa Cerimônia ao ar livre, o consagrafo artista de 93 anos  recebeu o prêmio Vila Rica.  Comovido, lembrou filmes importantes dos quais participou, como “Pixote”, de 1980, de Hector Babenco e “Quilombo”, 1984, de Cacá Diegues.
 
No dia seguinte, no auditório lotado, Tornado comoveu a plateia cantando “Sou negro” e retomando clássicos do seu maior ídolo James Brown e lembrou Tim Maia  em hits como “Primavera” e Sossego.