A ARTE COMO PANO DE FUNDO
     
 

Carlos Augusto Brandão

PUBLICADA EM 02.01.18


 
“The Square – a Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund – que agora chega ao circuito – ganhou a Palma de Ouro em Cannes e é de fato, um ótimo filme. 
 
Östlund estava de volta ao festival, onde havia ganhado  o Prêmio do Júri na mostra Um Certo Olhar em 2014 com seu filme “Força Maior”, sobre a implosão  de uma família depois de um incidente traumático.
 
Seu novo filme segue Christian (Claes Bang), curador de um importante museu de arte contemporânea de Estocolmo.
 
Embora apoie causas ambientais e humanitárias, Christian tem dificuldades de relacionamento, fazendo com que suas reações, muitas vezes exageradas, afetem sua carreira.
 
Quase todas as situações começam de forma natural e espontânea e finalizam com uma imposição hierárquica em todos os setores possíveis: o trabalho, a família e os amigos.
 
Östlund  inclui no afiado roteiro temas recorrentes em sua filmografia: a masculinidade, a importância da imagem projetada e a necessidade de pertencer a um grupo.
 
Mas o filme do diretor sueco é também  uma ácida crítica sobre o lado hermético da arte contemporânea, o esnobismo artístico e as absurdas pretensões e o tom muitas vezes arrogante de certas instalações.
 
The Square é um filme instigante não só pela história e a forma como ela é apresentada, mas também pelas reflexões que provoca.
 

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