Nas Telas - COMO NOSSOS PAIS
     
 

Carlos Augusto Brandão

publicada em 03.09.17


Um dos filmes da ampla delegação brasileira na  67ª edição do Festival de Berlim, foi  “Como Nossos Pais”, de Laís Bodansky -   diretora do aclamado  “Bicho de Sete Cabeças” - que agora chega ao circuito. 
 
Bodansky que, junto com Luiz Bolognesi, é também roteirista de “Como Nossos Pais”, mostrou seu filme na Panorama, em  première mundial.
 
 “A estreia mundial é sempre muito importante para um filme, porque define o rumo que ele pode tomar.  Ter a oportunidade de exibi-lo em um festival da linha A como o de Berlim é realmente uma grande  conquista”, disse a diretora, na ocasião. 
 
O filme conta a história de Rosa, uma mulher dividida entre o cuidado com as filhas, os afazeres domésticos, a convivência com o marido e a relação conflituosa com a mãe. Em meio a tantos afazeres, ela começa a questionar a sua rotina.
 
“É uma mulher que busca uma nova maneira de se relacionar com a sociedade”, explicou Bodansky, festejando também o momento vivido pelo cinema brasileiro no festival alemão.
 
“Como Nossos Pais, mais um filme nacional participando em Berlim, um recorde num evento desse porte.  Fico muito feliz de fazer parte desse momento”, destacou. 
 
O produtor do filme Fabiano Gullane disse que ter “Como Nossos Pais” na seleção oficial trouxe duas grandes alegrias:
 
“A primeira é perceber o quanto o cinema de Laís está em sintonia com os temas e as discussões  abordados na Berlinale e a segunda é poder construir uma linda carreira para o filme no mercado internacional”, ressaltou Gullane,  que também produziu “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert,  prêmio de audiência e sucesso absoluto na  Panorama em 2015.
 
Todo o elenco de “Como Nossos Pais” tem um excelente desempenho.  Além de Maria Ribeiro – que vive Rosa, a protagonista – conta com Clarisse Abujamra, Paulo Vilhena, Felipe Rocha, Jorge Mautner e a participação especial de Herson Capri. 
 
A atuação  dos atores mereceu um destaque no release da Berlinale que descreveu a interpretação dos personagens com suas “paixões individuais e delírios existenciais encenados com  naturalidade sublime”.
 
Bodansky – que já tem um novo projeto em desenvolvimento – concorreu  em Berlim ao prêmio de audiência e da crítica internacional. Seu próximo filme é “Pedro”, com previsão de lançamento também neste ano.