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Nas Telas - "TINTA BRUTA" SEGUE SUA ESCALADA DE SUCESSO |
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Carlos Augusto Brandão
Publicado em 25.11.2018
“Tinta Bruta”, de Filipe Matzembacher e Marcio Reolon que teve estreia mundial na 68ª edição do Festival de Berlim chega ao circuito.
O filme também foi uma das atrações do Festival do Rio, onde onde ganhou o Troféu Redentor de melhor filme da Première Brasil, melhor ator para Shico Menegat e melhor coadjuvante para Bruno Fernandes.
A trama segue Pedro (Menegat), um jovem que tenta sobreviver em meio a um processo criminal e à súbita decisão de sua irmã de se afastar e deixá-lo. Sob o codinome Garoto Neon, Pedro se apresenta no escuro do seu quarto para milhares de anônimos ao redor do mundo pela Internet. Com o corpo coberto de tinta, ele realiza performances eróticas na frente da Webcam.
Os diretores haviam retornado à Berlinale, onde em 2015 apresentaram “Beira-Mar”, premiado em vários festivais, inclusive no mesmo Festival do Rio, com o Prêmio Especial do Júri.
Em entrevista a este repórter, Matzembacher, falando em nome da dupla, explicou a motivação para realizar “Tinta Bruta”.
“O filme surgiu da vontade de falar sobre despedidas, raiva e resistência. Inicialmente a narrativa veio de um curta-metragem que realizamos “Quarto Vazio”, mas durante o processo, o roteiro foi modificado”, revela o diretor, expressando o que representou para o filme esta volta ao festival.
“Ficamos muito felizes com a estreia de “Tinta Bruta” em Berlim e também no Rio. São vitrines que admiramos e muitos filmes que marcaram nossas vidas passaram por elas, então exibir nosso segundo longa-metragem nesses eventos foi um prazer imenso e é um passo fundamental para dar visibilidade ao filme, que é muito precioso para nós. Estamos há quatro anos trabalhando nele”, diz Matzembacher destacando a parceria com Reolon.
“Nosso processo é bastante coletivo. Fazemos tudo juntos, desde a escrita do roteiro, os ensaios, decupagem, e acompanhamento da pós-produção. Temos bagagens muito semelhantes (ambos somos também atores, por exemplo), mas alguns focos distintos também contribuem para o nosso trabalho, como aconteceu neste”, revelou o diretor, manifestando sua ansiedade com o lançamento no circuito.
“Estávamos ansiosos pelas sessões do filme em Berlim, mais ainda no Festival do Rio e bastante esperançosos que ele tenha uma ótima receptividade em território brasileiro”, ressaltou.
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