Chega aos cinemas brasileiros o drama espanhol “Coração Ardente”, de Andrés Garrigó e Antonio Cuadri
     
 

Myrna Silveira Brandão

Publicado em 15.03.22


 
O filme segue a escritora  Lupe Valdés (Karyme Lozano), que investiga as aparições do Sagrado Coração de Jesus, em busca de inspiração para o seu próximo livro. 
 
Guiada por Maria (Maria Vallejo-Nágera), perita em mistérios, Lupe descobrirá as revelações de Jesus a Santa Margarida Maria de Alacoque e encontrará santos, assassinos, exorcistas, papas, presidentes, conspiradores... além de milagres e crimes.
Por meio de sua pesquisa, Lupe também descobrirá os segredos do seu próprio coração, afligido por velhas feridas que precisam ser curadas.
 
A proposta de “Coração Ardente”, que procura injetar otimismo, é mostrar ao mundo o poder do amor ao invés da  ação de poderosas forças do mal que tentam um mundo sem amor e sem misericórdia.
 
O filme é produzido pela Goya, que foi a primeira produtora a realizar um documentário sobre o Papa Francisco em 2013. Foi traduzido para 14 idiomas e mostrado em TV, DVD em mais de 30 países.
 
Garrigó conta que a ideia de realizar  “Coração Ardente” nasceu impulsionada por um centenário: o da consagração da Espanha ao Coração de Jesus, em 1919, pelo Rei Afonso XIII.
 
“Pesquisamos o tema e vimos que ele ultrapassou as fronteiras espanholas, que era uma espiritualidade universal, recomendada por muitos papas... e quase esquecida. Descobrimos que havia histórias surpreendentes: aparições, milagres... inclusive assassinatos. E também, agora, um forte ressurgimento dessa devoção. Tudo isso, atrelado a uma trama ficcional, oferece temas de sobra para um filme muito original”, ressalta o diretor afirmando que não se surpreende com a chegada do filme a vários países.
 
“Eu diria que a surpresa foi não ter conseguido chegar a todos os países no primeiro ano de seu lançamento, como no caso de “Fátima, o último mistério”. A culpa foi da pandemia que obrigou os cinemas a fecharem. Foi uma mordaça que sofremos nestes dois últimos anos. Apesar disso, já conseguimos lançar o filme em 13 países e no Brasil vamos exibi-lo em 10 de março”, complementa Garrigó lembrando que o País está muito presente no filme.
 
“Não apenas porque mostra sua monumental e admirada estátua do Sagrado Coração, no Corcovado, mas também por uma impressionante cena que começa com um encontro fortuito no Santuário de Aparecida. Não direi mais para não dar spoiler”, despista.
 
“Mas acredito que os brasileiros se sentirão orgulhosos de ver reconhecido o papel de seu país como líder mundial do renascimento da devoção ao Coração de Jesus. Eu lhes diria que ajudem a divulgá-lo, para que esse Coração Ardente, que em breve poderão assistir em suas salas de cinema, seja mais conhecido”, conclui o cineasta, que começou sua carreira como jornalista.
 
Além de ter fundado a Goya, Garrigó criou a ONG ACTEC, que tem como objetivo ajudar os países em desenvolvimento.  O diretor é  muito conhecido pelo filme “Fátima, o Último Mistério” (2017),  que foi sucesso em mais de 25 países.

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